Ricardo Araújo
repórter
Mesmo decretada ilegal pela Justiça do Rio Grande do Norte, a greve dos professores da rede estadual de Educação não chegou oficialmente ao fim. Hoje é o dia no qual toda a classe paralisada há 74 dias, deveria retornar às salas de aula. Como não voltaram, pois se reunirão em assembleia às 9 horas para discutir se acatam ou não a decisão judicial, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte RN) terá que arcar com a multa diária de R$ 10 mil estabelecida pelo desembargador Virgílio Macêdo. A preocupação da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC RN), a partir de agora, é cumprir o calendário para o pós-greve. As aulas se estenderão até janeiro do ano que vem, conforme novo planejamento.
"Eu lamento que tenha chegado a uma decisão na Justiça. Mas a greve só prejudica os alunos que já enfrentam problemas recorrentes pelo histórico de greves em anos anteriores", afirmou a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho. Ela creditou a decisão do Pleno dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado "a uma sensibilização em torno de uma causa que deveria ganhar sempre o maior destaque". Já a presidenta do Sinte, Fátima Cardoso, preferiu não antecipar comentários sobre o que será feito pelos professores após decisão judicial.
"A resposta virá após a realização da nossa assembleia. Nós fomos intimados, somos conscientes da decisão judicial. Mas decidimos nos reunir para deliberarmos sobre como agiremos a partir de agora", afirmou Fátima Cardoso. A greve desencadeada pelos professores em maio deste ano, já configura como a segunda mais longa da história do Rio Grande do Norte. Perde, por enquanto, para a paralisação feita pela categoria em 1999, quando Garibaldi Alves Filho era governador.
Adequação
De acordo com Betânia Ramalho, a maior preocupação agora é adequar a realidade de todas as escolas que interromperam atividades parcial ou totalmente em decorrência da greve. A Secretaria preparou um comunicado que será enviado às escolas solicitando informações e encaminhando diretrizes para a aplicação do Calendário Escolar pós-greve. Ainda restam 150 dias letivos para serem cumpridos.
Sem a definição por parte dos professores em acatar ou não a medida judicial, uma das medidas a serem tomadas pelo Governo do Estado, seria cortar o ponto dos grevistas. A secretária, porém, afirmou que isto não será feito. "Essa história de cortar ponto teve um período. Isso já passou. O que nós temos que nos concentrar agora é que a greve foi decretada ilegal por unanimidade", disse Betânia Ramalho.
Ontem, alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Jessé Pinto Freire, estiveram no gabinete da secretária para, dentre outros assuntos, discutir o prejuízo causado ao aprendizado e à preparação para o ENEM e vestibular em decorrência da greve. Os estudantes não foram recebidos pela secretária que alegou demandas mais urgentes. Em todo o Estado, 40.529 estudantes estão matriculados nas séries finais da rede estadual. Betânia Ramalho afirmou que tem como foco o alunado e não medirá esforços para garantir o cumprimento da carga horária estabelecida em lei.
Os números da greve
- Início do ano letivo 2011: 14 de fevereiro
- Início da paralisação dos professores: 3 de maio
- Quantidade de dias letivos (aulas ministradas em período integral) até hoje: 50
- Quantidade de dias úteis sem aulas em período integral: 52
- Total de dias sem atividades escolares em período integral: 74
A greve de 2011 é a segunda mais longa da história da educação estadual potiguar. A que se estendeu por mais tempo até hoje, foi a deflagrada em 1999, que perdurou por 79 dias. À época, o governador era Garibaldi Alves Filho, hoje ministro da Previdência.
Fonte: Tribuna do Norte
repórter
Mesmo decretada ilegal pela Justiça do Rio Grande do Norte, a greve dos professores da rede estadual de Educação não chegou oficialmente ao fim. Hoje é o dia no qual toda a classe paralisada há 74 dias, deveria retornar às salas de aula. Como não voltaram, pois se reunirão em assembleia às 9 horas para discutir se acatam ou não a decisão judicial, o Sindicato dos Trabalhadores da Educação (Sinte RN) terá que arcar com a multa diária de R$ 10 mil estabelecida pelo desembargador Virgílio Macêdo. A preocupação da Secretaria Estadual de Educação e Cultura (SEEC RN), a partir de agora, é cumprir o calendário para o pós-greve. As aulas se estenderão até janeiro do ano que vem, conforme novo planejamento.
"Eu lamento que tenha chegado a uma decisão na Justiça. Mas a greve só prejudica os alunos que já enfrentam problemas recorrentes pelo histórico de greves em anos anteriores", afirmou a secretária estadual de Educação, Betânia Ramalho. Ela creditou a decisão do Pleno dos desembargadores do Tribunal de Justiça do Estado "a uma sensibilização em torno de uma causa que deveria ganhar sempre o maior destaque". Já a presidenta do Sinte, Fátima Cardoso, preferiu não antecipar comentários sobre o que será feito pelos professores após decisão judicial.
"A resposta virá após a realização da nossa assembleia. Nós fomos intimados, somos conscientes da decisão judicial. Mas decidimos nos reunir para deliberarmos sobre como agiremos a partir de agora", afirmou Fátima Cardoso. A greve desencadeada pelos professores em maio deste ano, já configura como a segunda mais longa da história do Rio Grande do Norte. Perde, por enquanto, para a paralisação feita pela categoria em 1999, quando Garibaldi Alves Filho era governador.
Adequação
De acordo com Betânia Ramalho, a maior preocupação agora é adequar a realidade de todas as escolas que interromperam atividades parcial ou totalmente em decorrência da greve. A Secretaria preparou um comunicado que será enviado às escolas solicitando informações e encaminhando diretrizes para a aplicação do Calendário Escolar pós-greve. Ainda restam 150 dias letivos para serem cumpridos.
Sem a definição por parte dos professores em acatar ou não a medida judicial, uma das medidas a serem tomadas pelo Governo do Estado, seria cortar o ponto dos grevistas. A secretária, porém, afirmou que isto não será feito. "Essa história de cortar ponto teve um período. Isso já passou. O que nós temos que nos concentrar agora é que a greve foi decretada ilegal por unanimidade", disse Betânia Ramalho.
Ontem, alunos do Centro Estadual de Educação Profissional Jessé Pinto Freire, estiveram no gabinete da secretária para, dentre outros assuntos, discutir o prejuízo causado ao aprendizado e à preparação para o ENEM e vestibular em decorrência da greve. Os estudantes não foram recebidos pela secretária que alegou demandas mais urgentes. Em todo o Estado, 40.529 estudantes estão matriculados nas séries finais da rede estadual. Betânia Ramalho afirmou que tem como foco o alunado e não medirá esforços para garantir o cumprimento da carga horária estabelecida em lei.
Os números da greve
- Início do ano letivo 2011: 14 de fevereiro
- Início da paralisação dos professores: 3 de maio
- Quantidade de dias letivos (aulas ministradas em período integral) até hoje: 50
- Quantidade de dias úteis sem aulas em período integral: 52
- Total de dias sem atividades escolares em período integral: 74
A greve de 2011 é a segunda mais longa da história da educação estadual potiguar. A que se estendeu por mais tempo até hoje, foi a deflagrada em 1999, que perdurou por 79 dias. À época, o governador era Garibaldi Alves Filho, hoje ministro da Previdência.
Fonte: Tribuna do Norte