quarta-feira, 29 de junho de 2011

Greves de professores se alastram no país

Por Altamiro Borges


Sem maior repercussão nas telinhas da televisão, professores de vários estados estão em greve ou se preparam para paralisar as suas atividades. O motivo da revolta generalizada é simples: governos estaduais não cumprem a lei do piso salarial do magistério, que fixa que o professor com nível médio deve receber R$ 1.187 para jornada de 40 horas semanais. Além disso, as condições de trabalho são as mais degradantes, com jornadas extenuantes e o aumento da onda de violência nas escolas públicas.

Segundo o balanço nacional, as paralisações incluem os trabalhadores na educação pública estadual do Amapá, Mato Grosso, Minas Gerais, Rio de Janeiro, Rio Grande do Norte e Santa Catarina. No Maranhão e Espírito Santo, os professores estão em “estado de greve”. Já os docentes do Amazonas e de Goiás não descartam a possibilidade de paralisação. No caso do Sergipe e do Piauí, as greves foram suspensas após a retomada das negociações com os governos estaduais.

Trabalho precário e arrochado

A situação do magistério na maioria dos estados é deplorável. No Mato Grosso, cerca de 50% dos docentes da rede estadual, que tem 36.548 profissionais em 715 escolas, são vítimas de contratos temporários. Os professores entraram em greve em 6 de junho e o governo, mesmo reconhecendo a defasagem no piso da categoria de 5,07%, só aceitou corrigir a distorção em setembro.

Já em Minas Gerais, a greve iniciada em 8 de junho esbarra na intransigência do governo tucano, que insiste em manter o sistema de “subsídios” na remuneração, que gera graves distorções salariais. No Rio Grande do Norte, governado pelos demos, o salário dos professores com nível médio é de R$ 664,33. A greve foi deflagrada em 2 de maio, numa das mais longas da categoria.

Desrespeito ao piso do magistério

No Rio de Janeiro, os professores e funcionários administrativos da rede estadual entraram em greve no dia 7 de junho com três reivindicações: aumento salarial de 26%, percentual que corresponde ao crescimento de arrecadação do estado nos últimos três anos; incorporação de gratificações ainda este ano; e regulamentação do plano de carreira dos funcionários administrativos.

Em Santa Catarina, a paralisação teve início em 18 de maio. O salário-base no estado é de R$ 609,46 e muitos professores foram admitidos em caráter temporário. No Amapá, o governador João Capiberibe reconheceu a justeza da greve, mas argumentou que “assumimos o estado cheio de dívidas, e o governo não pode se comprometer com algo que no momento não pode cumprir. Um dos pontos fortes dessa gestão é a valorização do servidor e isso passa pelo pagamento do piso também”.


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Alunos no Rio Grande do Norte estão sem aula há 43 dias; greve continua por tempo indefinido

Carol Guibu
Especial para o UOL Educação 
Recife (PE)



No Rio Grande do Norte, a greve de professores da rede estadual completou 43 dias nesta sexta-feira (10). De acordo com a assessoria de comunicação do governo, das 710 escolas estaduais, 335 estão fechadas.  A principal reivindicação dos professores é que seja feita a revisão de plano de carreira e equiparação salarial ao piso dos funcionários públicos estaduais, que é de R$ 2.550 em início de carreira, enquanto o dos professores é de R$ 937.  
"Queremos uma equiparação de salários pagos no âmbito estadual e que não é aplicado para profissionais da educação. Nossa prioridade é que se cumpra o plano de carreira", afirma José Teixeira, coordenador do Sindicato dos Trabalhadores em Educação no Rio Grande do Norte (Sinte RN).
De acordo com ele,  foi oferecido pelo governo o piso nacional de profissionais da educação com nível médio (que engloba, além de professores, merendeiras, serviços gerais, vigias, entre outros), que é de R$ 890, para jornada de 30 horas semanais. “Além disso, a implantação total do piso só ocorrerá em dezembro, o que está muito aquém das nossas expectativas”, disse Teixeira.
Segundo a assessoria do governo do Rio Grande do Norte, não há condições financeiras para atender aos pedidos da categoria. Em nota, a assessoria afirma que, “com a proposta, nenhum profissional do magistério perceberia salário inferior a R$ 890, e o escalonamento do piso nacional no atual Plano de Cargos, Carreira e Remuneração - PCCR seria parcelado em quatro vezes, a começar no mês de setembro e concluído no mês de dezembro, perfazendo um aumento histórico de 34%. Mas uma pequena parte representativa da categoria não aceitou a proposta e a paralisação continua.”
Fonte: Uol.com.br