quarta-feira, 27 de julho de 2011

Inscrições para o vestibular 2012 da UFRN estão abertas

Sara Vasconcelos - Repórter


Emanuel Amaral
A Universidade Federal do Rio Grande do Norte iniciou ontem as inscrições para o Vestibular 2012. Este ano a UFRN oferece 6.209 vagas, 70 a mais que em 2010.  As inscrições serão feitas, exclusivamente, através do site da Comperve: www.comperve.ufrn.br. O prazo segue até o dia 28 de agosto. Segundo dados da Comperve, 7.630 candidatos tiveram os pedidos de isenção da taxa de inscrição para o exame 2012 deferidos pela instituição. O resultado foi divulgado na última semana.

Para inscrever-se, o candidato deverá, obrigatoriamente, ter Cadastro de Pessoa Física (CPF), documento de identificação e preencher todos os campos do Formulário de Inscrição. No caso de candidatos pagantes, é preciso imprimir a Guia de Recolhimento da União (GRU) e efetuar o pagamento da taxa no valor de R$ 110,00, até o dia 29 de agosto de 2011, no local indicado na GRU. Para os candidatos isentos, é preciso preencher o formulário e imprimir somente o Comprovante de Inscrição. 

 "A expectativa é superar a marca de inscrições do vestibular passado, mesmo porque houve um aumento na oferta de vagas este ano", observa a presidente da Comperve Magda Maria Pinheiro de Melo. Em 2010, 28.124 candidatos disputaram as 6.139 vagas.

Para os estudantes que pleiteiam o benefício do argumento de inclusão, a presidente da Comperve ressalta que é preciso assinalar o campo indicando o interesse. A documentação exigida para o AI  - históricos escolares do ensino fundamental e médio em escolas públicas e formulário específico - deverá ser entregue no período de 23 de setembro a 14 de outubro. Uma comissão analisará as informações fornecidas por cada candidato, antes de divulgar a lista dos que tiveram o pedido aceito. O vestibular será realizado de 27 a 29 de novembro.

O professor de Línguas Estrangeiras do Lógico Cursos Aliados, Frederico Lima aconselha ao aluno se inscrever o quanto antes. "Fazer sua inscrição o mais rápido possível evita transtornos como o congestionamento do site nos últimos dias, o esquecimento e deixa o aluno mais tranquilo", orienta.

O professor de química do CDF Kleiber Bezerra, espera que as provas mantenham o mesmo padrão e formato, valorizando  o conhecimento e a inteligência emocional do aluno. "São avaliações que priorizam a interpretação de dados, não fórmulas prontas, o que exige a compreensão dos alunos", observa. Para esta reta final, o professor recomenda exercitar os conhecimentos, por meio de simulados, provas de vestibulares anteriores e exercícios. "Não adianta tentar ler um livro inteiro. É hora de praticar o que se sabe. O estudo em grupo é bem saudável", complementa.

A dica é seguida pela aluna Laís Duarte, 17 anos, candidata ao curso de arquitetura e urbanismo. "Estudo cerca de quatro horas em casa, pela manhã, à tarde tenho aula e à noite reforço. Sem contar feriados e fim de semana. Acho que ter esse foco será recompensado", disse.

Documentos válidos para a inscrição:

Para efeito de inscrição, são considerados documentos de identificação: carteiras expedidas pelas Secretarias de Segurança Pública, pelos Comandos Militares, pelos Institutos de Identificação, pelos Corpos de Bombeiros Militares e por órgãos fiscalizadores (ordens, conselhos; Passaporte; Certificado de Reservista; Carteira de Trabalho e Previdência Social; Carteira Nacional de Habilitação, contendo foto e Carteiras funcionais do Ministério Público ou expedidas por órgão público que, por lei federal, tenham validade como identidade.

Alunos desistem de concorrer ao vestibular 2012

O estudante do 3º ano do ensino médio Eliedson Angelo da Silva, 17 anos, da Escola Estadual Winston Churchill é um dos que desistiram do vestibular da federal. O sonho de ser administrador de empresas será pleiteado em alguma faculdade privada. "Só o fato de estudar em escola pública já nos coloca em desvantagem, porque aqui não vemos o conteúdo todo e não há preparação para o vestibular. Imagina começando o segundo bimestre hoje (ontem)?", questiona o aluno, que se inscreveu no Enem. O morador de Nossa Senhora da Apresentação, que conta não ter condições de pagar um cursinho, estuda em casa cerca de duas horas por dia. "Espero ser aprovado", disse.

Na mesma classe, Daliane Roberta Silva Nascimento, 17 anos, continua na tentativa de ser aprovada para serviço social. "Faço cursinho pela manhã e estudo em casa para tentar competir de igual, mas sei que é muito difícil", disse.

Segundo a vice-diretora Maria da Salete o calendário de reposição de aulas, incluindo os sábados, será submetido ao conselho escolar na próxima quarta-feira. Cerca de 350 estudantes estão matriculados nas dez turmas de último ano naquela escola.

O sistema de reposição aos sábados, segundo Daliane Roberta, não funciona. "Todo ano a gente sofre com as greves, porque param, depois anunciam essa reposição e acaba que nem vem aluno, nem professor", disse.

Alunos sem estrutura e expectativas

Há cerca de quatro meses do vestibular, as expectativas entre os estudantes da rede pública estadual de ensino não são as melhores. Com o retorno às aulas na última semana - após quase 80 dias de paralisação, devido a greve dos professores - muitos já desistiram ou  até mudaram a opção do curso para continuar na disputa por uma das 6.209 vagas, oferecidas pela UFRN este ano.

No Colégio Atheneu, em Petropólis, problemas de infraestrutura somam-se ao atraso no ano letivo. Amanda Miakele Gomes, de 17 anos, do 3º ano do ensino médio conta que espaços de suporte aos estudos, como a biblioteca e o laboratório de informática do colégio,  estão fechados por problemas de infiltração e falta de monitor. "Até a sala de aula da gente fica inundada porque a encanação do banheiro de cima, vaza", observa. A sala da turma de terceiro ano está com a parede totalmente infiltrada, o chão alagado e parte do teto ameaça a ceder.

Na tarde de ontem, os estudantes do último ano estavam sem aula na tarde de ontem. Os professores de física e biologia haviam faltado. Segundo um grupo de estudantes durante a paralisação não houve aulas de português, matemática, química, física, biologia e educação física. "Eu vou tentar para fisioterapia. Agora me diga como sem essas aulas?", questiona Marlen Albuquerque, 18 anos, que faz cursinho. Diana Monalisa melo, 18 anos, admite que teve vontade de mudar de curso.

A diretora Marcelle Lucena frisa que já enviou quatro ofícios à SEEC solicitando reforma, mas ainda aguarda que os reparos sejam feitos. Pela manhã a sala fica desocupada, porque não tem condições de uso. Mesmo sem chuvas". Quanto a reposição das aulas, o calendário seria apresentado ao conselho escolar na noite de ontem. "Até o vestibular esse alunos terão visto cerca de 80% do conteúdo, com aulas todos os sábados", disse.

 FONTE: Tribuna do Norte

Professores do Rio Grande do Norte encerram greve


Em assembleia realizada nesta quarta-feira (20), os trabalhadores em educação da rede estadual de ensino, decidiram acabar a greve que já durava aproximadamente 80 dias. A categoria não aceitou a proposta apresentada pelo governo, mas seguiu a orientação da direção do sindicato que decidiu preservar os professores ameaçados com o corte dos salários. Segundo a coordenadora do Sinte-RN, Fátima Cardoso, a audiência que antecedeu a assembleia foi uma das piores da história das negociações do Sindicato.

O diretor do Sinte-RN, Assis Filho, relatou que os representantes do Governo chegaram a barrar a entrada da deputada Fátima Bezerra, do deputado Fernando Mineiro e da assessoria jurídica do Sindicato, na audiência. “Foi uma atitude desrespeitosa que mostrou a verdadeira face desse governo”, protestou Assis.

Na audiência, o Governo manteve a proposta já apresentada e as ameaças judiciais contra os professores grevistas e contra o Sindicato. “A multa diária contra o Sindicato pode subir para R$100 mil, R$ 500 mil ou até um milhão”, ameaçou o Procurador do Estado. A assessoria jurídica do Sindicato concluiu que a discussão saiu do campo jurídico para a retaliação política.
“Os advogados me alertaram de que eu posso ser presa a qualquer momento por desobediência à Justiça. Mas esta não é minha preocupação. Minha preocupação é incentivar a continuidade da greve e provocar o corte dos salários de professores que sequer tem outra fonte de renda. É preciso ter responsabilidade com essa categoria que confia na gente.”, esclareceu Fátima ao defender o fim da greve.

Fonte: CUT

quinta-feira, 7 de julho de 2011

Professores e Governo não chegam a acordo e greve é mantida

Sindicalistas participam de audiência para descutir greve com representantes do Governo no TJ | Foto divulgaçãoTJRN 
Representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE) estão reunidos, desde as 9h50 desta quinta-feira (7), na sala da 1o Câmara Cível, no Tribunal de Justiça do Estado, em uma audiência de conciliação marcada pelo desembargador Virgílio Fernandes. O magistrado é responsável por analisar a ação impetrada pelo governo na última sexta-feira e que pede a decretação de ilegalidade da greve dos professores, iniciada há dois meses.

Participam da audiência o procurador Geral do Estado, Miguel Josino, diretores do Sinte e a promotora de Justiça Carla Amico. Os grevistas exigem o cumprimento da legislação referente ao Piso Nacional e do Plano de Carreira, com um reajuste médio de 34% nos salários dos professores, de forma imediata, além da elaboração de uma agenda que preveja o pagamento dos valores retroativos a abril.

O governo do estado garantiu o pagamento do piso salarial mas por enquanto apenas para os professores que ganhavam menos de R$ 890, e acena com a possibilidade de atendimento das demais reivindicações, mas somente a partir de setembro, com a implantação dos reajustes seguindo até dezembro.

A audiência no TJ ocorre a portas fechadas e a imprensa não teve acesso à discussão.

Liminar sobre greve será decidida pelo Tribunal de Justiça

Wagner Lopes - Repórter

Professores da rede estadual de ensino e representantes do governo do estado não chegaram a um consenso que pusesse fim à greve iniciada no dia 2 de maio. As duas partes se reuniram em uma audiência de conciliação, na manhã de hoje (7), no Tribunal de Justiça (TJ), e apresentaram propostas divergentes.

O desembargador Virgílio Fernandes, responsável por analisar a ação impetrada pela Procuradoria Geral do Estado, decidiu que, se não houver acordo, a liminar pedindo a ilegalidade da greve será votada na próxima quarta-feira, no plenário do TJ.

Participaram da audiência representantes do Sindicato dos Trabalhadores em Educação (Sinte) e da Procuradoria Geral do Estado (PGE), além da promotora de Justiça Carla Amico e a secretária de Educação do Estado, Betânia Ramalho.

Eles permaneceram reunidos desde às 9h50 até às 12h40, na sala da 1ª Câmara Cível, sem avanços na negociação. A ação movida pelo governo, e que pede a decretação de ilegalidade da greve dos professores, foi impetrada na última sexta-feira.

O procurador geral do Estado, Miguel Josino, lamentou o resultado final. "Infelizmente, não conseguimos êxito na conciliação e agora o Tribunal de Justiça é quem irá decidir o destino não só da greve, mas de todo o ano letivo de 300 mil estudantes da rede pública estadual", enfatizou.
Ele ressaltou que o estado já se comprometeu em pagar aos professores da rede estadual os valores referentes à Lei do Piso Salarial, que representariam um reajuste médio de 34% nos salários.

No entanto, o representante da PGE negou a possibilidade de implantação imediata, ou mesmo de escalonamento desse percentual em três meses, entre julho e setembro, como foi proposto pelos representantes do Sinte. Ainda assim, o desembargador Virgílio Fernandes manteve a esperança de haver um consenso antes da votação em plenário.

A expectativa é a mesma da coordenadora geral do Sinte, Fátima Cardoso. "Infelizmente, o governo não apresentou uma proposta nova. Vamos agora levar o que foi debatido para a assembleia desta sexta (às 14h30, no Wiston Churchill)."

Ela também se disse esperançosa que uma proposta alternativa possa surgir antes da votação de quarta-feira e lembrou que há ainda uma reunião marcada para a Governadoria, amanhã às 14h, na qual diversos sindicatos devem discutir as reivindicações das categorias em greve. A secretária de Educação, Betânia Ramalho, também defendeu a possibilidade de um acordo antes da sessão plenária do TJ.

A proposta apresentada por Miguel Josino aos professores inclui o reajuste de 34%, implantado em quatro parcelas de setembro a dezembro deste ano; o compromisso de pagamento dos 1.500 processos retidos entre 1993 e 2010, incluindo aposentadorias, licenças-prêmio, promoções e progressões "represadas"; a realização de concurso público para 3.500 professores, ainda este ano, com o "edital sendo divulgado dentro de 30 dias"; a revisão do Plano de Cargos e Carreiras, com participação do sindicato; a realização de um censo educacional; e um projeto de valorização profissional.

Sobre o pagamento dos valores retroativos a abril, outra reivindicação dos professores, ele deixou claro que há uma possibilidade, mas somente após setembro: "Podemos verificar, isso é possível, mas a implantação de qualquer pagamento agora, infelizmente, não é possível". A alegação é que o estado se mantém acima do limite prudencial da Lei de Responsabilidade Fiscal (LRF).

Fonte: Tribuna do Norte

Professores do UBM apresentam estudo em congresso nacional

BARRA MANSA

A 31ª edição do Congresso da Sociedade Brasileira de Computação (SBC), a ser realizada em Natal (RN), entre os dias 19 e 22, terá a participação de dois professores do Centro Universitário de Barra Mansa (UBM). Marcelo Arantes de Oliveira e Marcus Vinícius Carvalho Guelpeli, que lecionam no Curso de Ciências da Computação, tiveram o artigo BLMSumm - Métodos de Busca Local e Metaheurísticas na Sumarização de Textos escolhido para ser publicado no VIII Encontro Nacional de Inteligência Artificial (Enia), que ocorre durante o SBC.

O Enia é composto por 163 membros (nacionais e internacionais) que atuam como revisores e na coordenação do evento. Este ano, de acordo com a Comissão Especial de Inteligência Artificial (Ceia), dos 170 artigos submetidos, apenas 46 foram aprovados para apresentação oral.

 O artigo dos professores Marcelo e Marcus Vinícius é uma das publicações resultantes do trabalho de um grupo de pesquisa do qual participam acadêmicos de Ciências da Computação, ex-alunos e professores de outras instituições. Com o desenvolvimento da pesquisa e a obtenção de resultados mais sólidos, outros materiais têm sido redigidos.

"Esse é o primeiro artigo do grupo de pesquisa. Com a evolução das pesquisas, produzimos outros que podem ser apresentados em congressos internacionais. Inclusive, um novo artigo já foi enviado para Glasgow, na Escócia, e um terceiro está terminado", contou o professor Marcus Vinícius, que trata do mesmo tema em seu Curso de Doutorado, na Universidade Federal Fluminense (UFF), de Niterói.

Apesar de parecer um tema complexo para leigos, a sumarização estudada pelos professores é relevante no contexto atual de crescimento do uso da web. "A Internet é um grande repositório de informação. Cada vez que este repositório cresce, fica mais difícil encontrar os dados. A sumarização pega as informações principais e as coloca em destaque para facilitar que sejam encontradas. É preciso investir nesse tipo de pesquisa para aperfeiçoar os processos e ajudar o usuário, do contrário nada será encontrado", explicou Marcus Vinícius.

De acordo com ele, o professor Marcelo, autor principal do artigo, deve tratar do mesmo tema em sua tese de mestrado, cursado na Universidade Federal de Itajubá, em Minas Gerais, mantendo a trajetória de aprofundamento da pesquisa. "Depois, quando eu terminar o doutorado, vamos buscar financiamento do governo para prosseguir com o estudo", adiantou.

Fonte: A Voz da Cidade